SUS - Pré-Natal

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017


Desde que o maridón foi mandado embora da empresa de merda onde trabalhava, estamos sem plano de saúde. Não fiquei desesperada pela falta do plano com a questão do parto em si, pois, mesmo se a gente ainda tivesse o plano, minha opção seria o Sofia Feldman de qualquer jeito pela boa experiência que tive lá. Meu único problema é fazer o pré-natal pelo posto de saúde, cheio de frescuragens, burocracia, horários terríveis e fila que não acaba nunca (e sem direito a preferência, já que quem chegou primeiro é atendido primeiro e pronto, não importa quem ou a condição). O do Theo foi feito praticamente todo no posto, e só no final da gravidez é que comecei a me consultar pelo plano depois de vários problemas que a empresa teve pra me incluir lá.

O que mais me incomoda é que o pré-natal não é feito com um médico só, ou com uma enfermeira só. Cada consulta é uma pessoa diferente que atende, e no caso do ginecologista/obstetra do posto, é a pior coisa dessa vida.

São dois GO's que tem lá... O primeiro é um completo ogro sem a menor educação, que se acha dono da razão, conversa com a gente como se fossemos ignorantes, e acha que faz favor pra alguém, daquele tipo que não sabe quem vai atender e nem se dá ao trabalho de ler o prontuário pra saber o que já foi registrado ou não. Entro no consultório e ele pergunta "qual o motivo da consulta?" Eu com o cartão de pré-natal na mão já não é óbvio? A vontade é de responder "Tava com saudade, vim te ver, colega!"

O segundo é um médico muito bom e seria uma glória se eu pudesse ser atendida por ele sempre que fosse lá, mas o problema é que ele é professor da UFMG, se não me engano, e o atendimento é feito por alunos... Alunos que acham que porque estão estudando medicina sabem tudo, e começam a fazer um interrogatório pra registrar tudo nos mínimos detalhes, usando de termos técnicos que só eles entendem. Depois de mais de uma hora de conversa, eles ainda precisam se reportar  ao professor, que alí mesmo na consulta corrige o que foi feito ou registrado errado, na minha frente, enquanto espero... Se é preciso fazer exame de toque, o médico faz, depois o aluno vem fazer também! Mas por estar nervoso, fica desconcertado e tenta enfiar o dedo num buraco que não devia... É constrangedor, é vergonhoso, e não tenho a menor obrigação de me sujeitar a isso.
Se a consulta tá marcada pra 10hrs da manhã, devido a essa lenga-lenga toda só vão chamar a gente quase 2hrs depois, e enquanto isso ficamos alí, com fome, desconfortável, impaciente... E quando enfim chamam, é mais de uma hora de consulta pra eles "aprenderem"...
Ok, acho que é preciso, sim, estudarem e aprenderem na prática, mas as pacientes deviam preencher um cadastro ou coisa do tipo para manifestar disponibilidade de serem cobaias, e não saíre fazendo com qualquer pessoa... Eu aqui, cheia de coisa pra fazer em casa e tendo que ficar 3, 4hrs presa no posto esperando consulta pra ser "estudada" por esse pessoal é de matar...

A enfermeira é boazinha, mas pelo menos a do posto não me passa segurança. É um excesso de preocupação que não faz nem sentido. Até sugerir que eu pudesse estar com pré-eclampsia com 16 semanas de gestação ela sugeriu devido ao meu cansaço, alteração do exame de urina que constou proteína, e pressão levemente alta, o que no dia foi um caso isolado já que minha pressão é super normal. Acredito inclusive que ela não aferiu direito e fez alarde a toa... Eu tô acima do peso, sou sedentária, obviamente qualquer esforço já me deixa morta e estar grávida, entao, já me faz estar enterrada...
Eu realmente cheguei a ficar preocupada com a questão da pressão e, depois dos alertas sem necessidade, até comprei um aparelhinho pra poder medir e controlar a bendita, mas sempre fica na média de 11x7. Tudo muito bem, tão bem que parei de usar e gastei dinheiro a toa...

Tem as consultas com o clínico geral também, que chamam de "médico da família" lá. Ele é um bom médico, analisa os exames, interpreta tudo melhor do que qualquer outro e é dono de muito bom senso, obrigada, e se todas as consultas pudessem ser feitas com ele também seria ótimo... Mas não...

O que me irrita mais é ficar ouvindo dicas de coisas que já to careca de saber... Poxa... já é a quarta gravidez, já tenho "experiência" no assunto, sei tudo de cor! Não precisa me ensinar tudo de novo como se eu não soubesse nada...

Diante dessa confusão toda, dessa preguiça sem tamanho, de um vendo doença onde não existe, de outro falando que não é preciso eu me preocupar com nada, de outro falando que tô cansada por estar "gorda", eu perdi a paciência e fui procurar fazer o pré-natal onde realmente senti segurança, e foi aí que consegui o Sofia Feldman.

O pré-natal comum lá é feito com uma enfermeira, e pela conversa que tive lá é só ela. Não tem esse troca-troca, essa confusão de gente que não sabe nada e nem preocupa saber, me fazendo ter que narrar a gravidez toda desde quando descobri tudo, como se fosse a primeira consulta. Isso cansa, é desrespeitoso e desanima qualquer um.

Enfim, sei que no SUS as coisas são mais precárias, os pedidos de ultrassom mesmo são escassos e sempre fica aquela dúvida no ar, aquela vontade de saber se tá tudo bem, mas eu tô confiante de que tá tudo mais do que bem e não me preocupo. Já deu tudo certo ♥.

Relato de Parto - Theo

terça-feira, 3 de janeiro de 2017


Quem já ouviu a expressão "parto quiabo" vai entender como ninguém como foi minha experiência com o nascimento do Theo, o caçulinha da família, até então, que, assim como toda a penca, veio sem ser planejado e ainda ultrapassando as barreiras da bendita camisinha para meu desespero inicial, mas completa alegria depois da ideia de ser mãe de 3 ter sido digerida.

Relato de Parto - Vitória

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

A gravidez da Vivi não foi nada fácil... Eu e o pai dela nos separamos quando estava grávida de 5 meses, tive depressão a ponto de fazer acompanhamento com psicóloga e psiquiatra, tomei remédio controlado pra me ajudar, fui afastada do trabalho, fora várias coisas que aconteceram que nem vale a pena comentar... Foi uma gravidez tumultuada, ponto.

Relato de Parto - Marina

domingo, 1 de janeiro de 2017

Quando engravidei da Marina, aos 17 anos, não tinha maturidade nenhuma para entender o que seria ser mãe, principalmente tão nova. Durante a gravidez, tive curiosidade de pesquisar como era a evolução e o desenvolvimento, mas o que mais me preocupava era comer coisas saudáveis. Desenvolvi hipertiroidismo e da noite pro dia passei a enxergar mal de longe. Fiz o pré natal direitinho e esperava que ela nascesse dia 01/05/2002, pois na minha cabeça, a gravidez iria durar 9 meses exatos.
Dia 12/04/2002 tive consulta com meu médico, ele me examinou, disse que estava tudo bem, marcou consulta pra dalí uma semana e fui eu embora pra casa, esperar...